quarta-feira, 28 de março de 2012

A felicidade está nas pequenas ações.

-Meu dia ontem começou um pouco mais cedo que habitual, fui resolver um problema com minha mãe. No caminho de volta paramos na casa de uma tia minha, conversamos um pouco, meu telefone toca, era Junior um grande amigo meu.

-Junior foi meu namorado e por duas vezes, isso mesmo, duas vezes! Nos conhecemos no ano de 2000, namoramos por um tempinho, mais logo após terminamos, perdi contato, mais uma vez ou outra ele me ligava pra saber como eu estava ou eu ligava. Ele era e é até hoje uma pessoa muito boa, bom filho, e voces sabem...bom filho, bom marido, mais eu não queria muito saber dessas coisas,e hoje a vida dele bem como a minha é bem diferente. Namoramos pela segunda vez em 2004, e mais uma vez não deu certo, desta vez por minha causa. Nos reencontramos, em uma época em que eu estava...digamos...querendo só curtição. Tinha comprado meu primeiro carro, vivia na praia, e saia muito com minhas amigas Girlene e Rozana. Mesmo assim, começamos a namorar, brigávamos muito, sempre por ciúmes dele ou meu. Nesse tempo ele bebia e eu também, de vez em quando eu pegava algumas mentiras dele...rsrs...até hoje ele nega.

-Bom mais o que eu estou querendo falar mesmo é que ele foi uma pessoa ao qual anos depois eu pedi desculpas por tê-lo magoado. O final de nosso namoro foi bem agitado, eu não tinha coragem de terminar, então passei a fazer todas a s coisas que ele não gostava...tipo...sair pra algum canto e não avisar, ele ligava eu não atendia, e aos domingos quando ele me ligava eu já estava no golfinho lá no bessa. Então chegou uma hora que ele chegou em minha casa e terminou comigo, ele me disse que eu estava tão acostumada a estar só que eu não sabia mais o que era ter um namorado...ele tinha razão! Ele saiu da minha casa sem olhar pra trás, mais depois me mandou um torpedo falando algumas coisas e falou uma frase que até hoje eu lembro. Ele disse: um dia você irá lembrar deste momento, que eu iria de lembrar de um Junior( acho que foi mais ou menos assim).

-Depois eu adoeci, não sei bem como ele soube que eu estava internada, acho que ele ligou pro meu celular e alguém contou. Junior não foi me visitar quando eu cheguei em casa, mas ele ligava todo dia, depois eu soube que ele não tinha ido porque tinha ficado bem abalado com minha situação. Dias depois, quando eu estava mais recuperada ele veio em minha casa com a mãe dele. Hoje ele está casado, pai de um menino lindo, e é quase pastor ( tem uma vida nova). Nosso contato diminuiu bastante depois que ele passou a ser presbítero, mais sempre que pode ele me liga. Falar com Junior me deixa tranquila, gosto de conversar sobre Deus, Biblia, e sobre tudo isso que me aconteceu,(tenho muito carinho por esse moço viu). Contei sobre o resultado de meu ultimo exame, e percebi a felicidade em sua voz. Terminei a conversa e desliguei meu celular. Fiquei feliz com a ligação dele!

-Pela tarde fui a clinica fazer minha radioterapia, chegando na recepção vi uma senhora chorando, ela se chamava Célia, e tinha acabado de receber um resultado confirmando que ela estava doente mais uma vez. Fiquei na dúvida se iria ou não falar com ela (tem pessoas que não querem falar sobre o câmcer), mas terminei indo. Me apresentei, disse a ela que não chorasse pois Deus estava no controle, contei minha historia de uma forma resumida (porque a historia é grande), quase uma hora de testemunho, ao sair ela me deu um abraço, e já não chorava mais, estava bem mais calma. Entrei no meu carro feliz da vida, liguei o som bem alto e vim cantando até minha casa com o sentimento de dever cumprido.

-Não precisa acontecer uma coisa grandiosa pra deixar uma pessoa feliz, basta apenas um telefonema de um amigo querido ou contar um testemunho de vida como o meu para uma pessoa que precisava ouvir naquele momento complicado, apenas algumas palavras que fizesse ela sentir vontade de lutar pela sua cura.

Neidja Maria

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